O MEDO
Alberto
Landi
O medo cresce toma conta de mim, corro, corro o mais que posso, desesperado.
Preciso escapar dessa noite de trevas e terror que envolve todo meu ser, todo meu corpo; preciso alcançar a luz, o dia, fugir das estrelas e da noite enluarada que brilham nessa vasta escuridão desse céu infinito!
As árvores dessa floresta de breu parecem monstros, que me engolem como fantasmas e eu corro ainda mais e quanto mais corro mais perto eu fico dos meus medos.
No caminho passo pelas margens altas e abruptas de um rio. À esquerda desde a estrada até a linha do céu um amontoado de nuvens, estendem-se campos não ceifados.
São raramente interrompidos por florestas que predominam carvalhos e olmos. As florestas em barrancos profundos, vão até o rio e com descidas íngremes e abruptas atravessam a estrada.
O vento bate no meu rosto rasgando minha pele com um furor tão intenso, zumbindo nos meus ouvidos como o uivo de lobos famintos.
Meu corpo treme sem controle com pavor dos monstros e fantasmas nas matas que se formam ao meu redor, correndo na mesma direção!
Acordo suado, cansado como vindo de uma maratona; mas meus pés debaixo dos lençóis, estão feridos cheios de galhos e folhas secas, enroscados como samambaias famintas sugando o caule de uma árvore.
Ufa! Esse foi um sonho de uma noite de outono que
não gostaria que acontecesse novamente!
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