A MULHER DO CARROCEIRO
Ricardo Augusto
O carroceiro escolheu
essa profissão por conseqüência da vida; família numerosa, vivendo do pouco que
a roça lhes rendia.
Pai, mãe, três irmãos maiores e duas outras
caçulas.
É certo que viviam em
harmonia, mas, era duro manter tantas bocas, remédios, roupas e o trabalho do
campo sempre sujeito às maluquices do tempo.
A mulher trabalhava duro
na casa, lavava a roupa de todos, fazia a comida, e ainda, cuidava de uma horta
nos fundos da casa.
O carroceiro fazia carretos
para os moradores da região e não se
queixava do trabalho, senão pelo valor que os muquiranas queriam pagar pelos
serviços pesados.
Ficava enfurecido e
quase nunca mantinha uma relação amorosa com a esposa que se sentia traída.
“Teria ele encontrado
alguma rapariga nessas andanças pela redondeza.”
Carroceiro trabalhador,
parecia mais um burro de carroça que aquele bom provedor de uma grande família.
O tempo sempre mostra a verdade, tanto que
depois de morto, todos foram homenagear aquele homem, mais conhecido como o
marido da megera, agora sozinha, com a filharada para cuidar.
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