Alberto Landi
Era uma manhã ensolarada em Roma e a cidade pulsava com a agitação de mercadores, políticos e cidadãos.
As ruas estavam repletas de mulheres e homens vestidos de togas brancas, símbolo de sua cidadania e status.
Mas havia um lugar onde essa paz estava prestes a ser desafiada: o Fórum.
Marcus, um jovem cidadão romano, caminhava orgulhosamente em sua toga.
Ele havia acabado de ser eleito para um cargo público na administração local e se sentia no topo do mundo. Em meio à multidão avistou um grupo de não cidadãos conhecidos como peregrinos que se aglomeravam perto da entrada do Fórum.
Entre eles estava um homem chamado Lúcios, de temperamento forte e determinado que havia chegado a Roma, em busca de uma vida melhor. Ele sonhava com o dia que poderia vestir uma toga e ser reconhecido como cidadão. Mas hoje, ele estava prestes a enfrentar uma injustiça, ele tinha facilidade em se conectar com a multidão, tornando-se um líder.
Diante do Fórum, Lúcios avistou Marcus e seus amigos e gritou:
“Por que nós não podemos usar togas”? Também somos parte de Roma, trabalhamos duro, horas a fio, para o seu bem-estar e de seus amigos também.
Marcus olhou para Lúcios de uma forma sardônica e com desprezo:
“Togas são para cidadãos romanos! Vocês não têm direito a isso. Se quisessem respeito, teriam que conquistar sua cidadania”. A tensão cresceu entre os dois grupos.
Os peregrinos começaram a se agitar, enquanto os cidadãos romanos se uniam para defender suas tradições.
Marcus sentiu uma onda de indignação percorrer seu corpo. “ Se não gostam das regras, voltem para de onde vieram”, gritou. Mas Lúcios não se deixou abater. “A história de Roma é feita por aqueles que vieram de longe”. Não somos menos dignos por não podermos usar togas. Lutamos por nossos direitos!
Nesse momento apareceu o sábio senador Quintus. Observando tumulto, resolveu intervir.
“Parem”! Ordenou com firmeza.
Como ele era um bom político e sábio, aprimorou
da discussão. “A verdadeira grandeza de Roma reside em sua capacidade de
acolher a todos, independentemente da origem”., enfatizou
Quintus olhou fixamente nos olhos de Marcus e Lucius. “Se continuarmos a dividir Roma entre cidadãos e não cidadãos, perderemos o que nos torna romanos: a União”.
Após algumas trocas acalorada, Marcus começou a refletir sobre as palavras do senador. Ele percebeu que a toga era um simples tecido. E, o verdadeiro valor estava na dignidade e na contribuição de cada pessoa para Roma.
“Eu.........eu não pensei assim”, disse Marcus.
“Talvez devêssemos encontrar uma maneira de incluir todos nós”.
Lucius sorriu timidamente: “todos nós queremos ser parte disso”.
E assim, sob os ensinamentos de Quintus, os romanos começaram a discutir formas de integrar os peregrinos à sociedade romana, criando novos caminhos para que todos pudessem contribuir e ser reconhecidos.
O conflito havia aberto às portas para um novo entendimento.
Roma se destacava por sua diversidade e cada
parte contribuía para a magnífica harmonia da cidade eterna.
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