UMA NOITE NUM VAGÃO VAZIO.
Do Carmo
Oh! Meu Deus, onde
estou? Será que sonho?
Não, acabo de acordar!
Como vim parar neste
vagão vazio? Estou no metro?
Sim, agora começo a
lembrar-me, mas que horas são? Ah, quatro horas e cinqüenta minutos da madrugada!
Logo o metro volta a circular, começa as cinco ou seis horas?
O que vou fazer. As
portas estão fechadas, também não sei onde é o terminal do trem. E o meu carro,
quanto irei pagar de extra pela noite.
Que maçada! Quantas
perguntas e nenhuma resposta.
Recordo que quando
embarquei, o vagão estava lotado, foi um jovem que cedeu seu lugar para eu
sentar-me, diga-se de passagem, um gatinho, mas muito jovem.
Estava exausta, devo ter
adormecido e não percebi que todos os passageiros foram descendo, as estações
chegando ao fim e eu dormindo.
Ouço vozes se
aproximando, vou fingir que estou dormindo, estão mexendo no meu braço,
dizendo, acorda, senhora, acorda, o dia já clareou. Vou encenar um acordar de
donzela assustada. Ufa! Eles acreditaram na minha performance, foram até buscar
um cafezinho para mim.
Na realidade, eu fiz
mais cena de amedrontada, do que senti ao perceber-me sozinha num vagão vazio
de metrô, sem saber onde estava, com pouca iluminação e escuridão total do lado
de fora.
Finalmente as luzes foram acesas, a voz
misteriosa da gravação da cabine deseja bom dia a todos, que no caso, sou só
eu, soa um sinal e a composição começa a mover-se.
Respiro aliviada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DEIXE AQUI UMA MENSAGEM PARA O AUTOR DESTE TEXTO - NÃO ESQUEÇA DE ASSINAR SEU COMENTÁRIO. O AUTOR AGRADECE.