ETIMOLOGIA DE ALGUMAS PALAVRAS
Bastardo: Vem do Francês arcaico BASTARD, modernamente
BÂTARD, “filho de nobre com mulher que não seja sua esposa”. Vem da expressão
FILS DE BAST, “filho de cobertor de sela”, pois estes, além de revestir a parte
inferior dela, serviam como cobertas numa viagem. Essa condição, na Idade
Média, não era vista como agora. Muitos filhos de nobres alcançaram altas
posições. E essa é a origem da expressão “ter o rei na barriga”: muitas amantes
de personagens reais desfrutavam do prestígio a elas conferido de portar um
herdeiro real no ventre.
PRIMOGÊNITO – do grego, de primus, “primeiro, o que veio antes de todos”,
mais genitus, “nascido,
gerado”. Existe gente, contudo, que anuncia o nascimento de “seu segundo
primogênito”, “seu terceiro primogênito”, etc.
Toalha. Esta vem do Francês toaille, que vem
do Latim tela,
“tecido, pano”. Daí derivou toilette,
no início “pequena toalha, toalha de mesa” e depois “arrumação, higiene
corporal”
Dentifrício: Essa
palavra vem do Latim dens,
“dente”, mais fricare,
“esfregar”, já que é uma pasta para fazer exatamente isso.
Nariz: Latim nasus,
“nariz”.
Olho: vem do Latim oculus,
“olho”
Debate: Do Francês antigo DEBATRE, originalmente
“lutar”, formado por DE-, completamente”, mais BATRE, “bater, golpear
Decadência: Do Latim DECADENTIA, “o que está estragado”,
de DECADERE, formado por DE, “fora”, mais CADERE, “cair.
Vadio: vem do Latim VAGATIVUS, “o que anda sem
destino”, de VAGARE, “andar sem propósito, sem destino. O emprego pejorativo tem origem óbvia: uma pessoa que gastava seu
tempo andando ao léu não podia se dedicar a atividades necessárias a alguém que
pertencesse a um grupo e cooperasse para as suas finalidades. Outras conotações
pejorativas daí se desenvolveram.
Obrigado: “obrigado”
vem do Latim OBLIGARE, formado por OB, “a”, mais LIGARE, “unir, atar”. Quando
dizemos “obrigado”
estamos dizendo que nos sentimos ligados pelos laços do agradecimento a quem
nos fez um favor
Fêmea: que
veio do latim FEMELLA, “jovem do sexo feminino”, de FEMINA, “mulher”.
“Feminino” e “feminismo” são outros derivados
Fiado: Do latim FIDARE, “confiar, crer, acreditar”,
de FIDES, “fé, confiança”.
Filhos: filius em Latim / Primos:
Esta palavra vem do Latim consobrinus
primus, “primeiro
consobrinho”. / Tios: Esses vêm do
Grego thios. Mas, no Latim, prevaleceu por um
tempo uma situação que nos parece estranha. Havia um nome para cada tipo de
tios. O irmão da mãe era chamado avunculus.
A irmã dela era a matertera.
O irmão do pai era o patrius e a
irmã do pai se dizia amita
/ Netos: Esses vêm do
Latim nepos ,
inicialmente “filho da irmã, neto, descendente”. Mais tarde essa palavra
adquiriu o sentido de “sobrinho”. Veio do Indo-Europeu nepot- , “neto, descendente outro que não o
filho. / Foi aí que originou nepotismo . Esta
palavra passou a se usar em 1662, na época em que nem todos os Papas se
distinguiam pela santidade. Alguns tinham filhos naturais, que chamavam de nipoti , “sobrinhos”, e que eram beneficiados com
cargos e outras vantagens.
Navio: os
gregos chamavam de naus os seus navios; em Latim isso se transformou emnavis, de onde passou para nós como navio ou nave.
Ônibus: omnibus em
Latim, quer dizer “para todos” e se aplicou a uma espécie de transporte por
carruagem que servia a todas as classes sociais, na Inglaterra, em 1832. Mais
tarde ela foi aplicada aos veículos de transporte de pessoas movidos a motor e
abreviada para bus por lá.
Abrigo: Vem do Latim apricare, “proteger-se do frio aquecendo-se ao sol”,
de apricus, “exposto
ao sol”.
Cachecol - do Francês cache-col, literalmente “esconde o pescoço”, já que
essa
é a parte do corpo defendida pela peça.
Caipira: Do
Tupi CAA, “mato”, e PIR, “que corta”.
Flagrante: Ser
apanhado assim pode ser a maior de todas as provas. Vem do Latimflagrans,
“o que queima, ardente”, do verbo flagrare,
“queimar”, da raiz Indo-Européiabhleg-, “queimar”.
Detetive: vem do Latim detectare, “descobrir, destapar”, formado por de-, “fora”, mais tegere,
“cobrir com algo”. Ele é a pessoa que “destapa, descobre” o que estava oculto
pela conduta do criminoso.
Adivinhar: vem do Latim divinare, “predizer o futuro”, de divinus, “divino, relativo a um deus”, que veio de divus, “deus”.
Edifício: vem do
Latim aedes, “casa,
mansão”. O nome acabou se fixando nos edifícios que existiam em Roma e que tinham
até cinco andares, usados como morada para as pessoas de baixa renda.