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terça-feira, 11 de junho de 2024

MAS, QUE COISA! - lberto Landi

 




Mas, que coisa!

Alberto Landi

 

Catarina era natural de uma pequena cidade do interior do Paraná, Arapongas.

Todos os habitantes tinham o costume de dizer, “Mas, que coisa! ¨, para expressar surpresa, alegria, indignação ou qualquer outra emoção intensa.  Era como se isso fizesse parte do DNA daquela comunidade.

Certo dia, um estranho, procedente de Minas Gerais, chegou à cidade. Ele era um escultor, conhecido naquele Estado por suas obras de arte incomuns e surpreendentes. Ao ouvir as pessoas locais repetindo constantemente a expressão, “mas, que coisa!”, teve uma ideia simplesmente brilhante.

Decidiu criar uma gigantesca escultura utilizando materiais reciclados e muita criatividade, deu vida a uma obra única que retratava a diversidade de emoções e significados por trás da famosa expressão.

A escultura foi colocada na praça central e, quando inaugurada, havia até uma pequena banda homenageando o escultor. Todos ficaram boquiabertos, pois as cores vibrantes, as formas abstratas e a energia pulsante da obra deixaram todos os habitantes sem palavras. Era como se a expressão, “mas que coisa! ”, tivesse sido transformada em algo tangível.

A escultura se tornou orgulho da cidade, atraindo visitantes de todas as partes.  As pessoas passavam horas admirando os detalhes, tentando decifrar os significados ocultos por trás dessa obra de arte.

E assim ganhou um novo significado naquela cidade. Deixou de ser apenas uma frase comum e se transformou em um símbolo de criatividade, surpresa e celebração.

Com o decorrer dos anos, Catarina mudou-se para São Paulo, se instalando próximo ao Horto Florestal.

Diariamente saía com o seu cão Rex, para passear no horto, e devido às traquinagens que fazia, ela com frequência usava essa expressão, lembrando-se dos tempos vividos em Arapongas e principalmente da incrível escultura que tornara aquela pequena cidade conhecida em todo o país.

Certo dia, Rex avistou um coelho e saiu correndo atrás dele, arrastando Catarina pela coleira. ¨Mas, que coisa", exclamou, tentando segurar o cão. Depois de muita confusão, conseguiram continuar o passeio em paz para aproveitar o restante da tarde!

 

 

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