O CAPITÃO DAS ILHAS PERDIDAS
Dinah
Choichit
Josué
tinha um barco muito grande e navegava por toda a costa do Brasil. Ia muito do
Rio de Janeiro até a Bahia. Tinha 5 marinheiros que trabalhavam com ele. Todos
da Bahia, e gostavam muito dele. Tinha muita paciência com seus empregados.
Na
ida para a Bahia paravam em diversas cidades, desciam, faziam um lanche e
voltavam para o barco. O serviço era pouco. Consertavam a rede, limpavam o
barco inteiro e pintavam de verde e branco. As velas eram azuis com desenhos de
estrelas e embaixo estava escrito, em letras garrafais: VIVA O BRASIL
Fizeram
muitas viagens. O objetivo do barco era trazer peixes frescos para os
Restaurantes de Classe. Sempre traziam novidades, além de peixes. E o principal
eram as ostras frescas, nas sextas-feiras.
Na última
viagem, quando estavam quase chegando ao Rio de Janeiro, em Angra dos Reis, caiu
uma tempestade tão forte que o barco ficou balançando sem parar e a mercadoria
foi se espalhando pelo convés, sem controle nenhum. Os marinheiros ficaram apavorados, por mais
que se esforçassem para juntar as cestas com os peixes eles caiam fora, era
impossível juntá-los, de tão forte que o barco balançava. Até os marinheiros
eram jogados de um lado para o outro e isso causou um desastre terrível. Um
deles foi jogado ao mar e não houve chance de salvá-lo, sumiu engolido pelas
ondas bravias.
O
Capitão Josué ficou apavorado, mandou que todos se recolhessem e deixassem os
peixes soltos. Não fazia questão da mercadoria e sim dos seus
funcionários. Tratava-os como
verdadeiros filhos. A chuva, relâmpagos, vento forte continuavam. O Capitão não
sabia mais o que fazer.
Chamou
o segundo Capitão, era seu sobrinho. Mandou que ele tentasse manobras de segurança
até passar o vendaval, ele precisava pensar. Mas quando Josué se virou, uma das
velas girou no ar, e caiu na sua cabeça, deixando-o desacordado com desconforto
respiratório. O Capitão Josué estava
desmaiado e teve que ser socorrido pela tripulação. Os outros marinheiros ajudaram
na condução do barco pesqueiro na espera de que o Capitão Josué melhorasse e
desse as ordens. Todos estavam em pânico, sem ação e chorando.
A
chuva e trovoadas foram passando e o Capitão melhorou. Mandou recolherem os
peixes, precisavam levar os pescados para o continente. Em minutos a chuva já
estava calma, sem ondas agressivas, o barco já deslizava tranquilo, seguiram em
direção ao Rio de Janeiro e fizeram suas entregas.
O
Capitão reuniu os funcionários, avisou que no dia seguinte haveria uma missa para
o marinheiro desaparecido, para toda a tripulação e suas famílias. Que estavam
de folga, que aproveitassem, pois na próxima semana sairiam novamente.
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