O CRIME DA ESCADA
Henrique
Schnaider
Maria
estava desolada, sentada no sofá da casa, policiais por todos os lados, revistavam
tudo, para tentar elucidar aquele crime bárbaro que havia acontecido há poucas
horas.
Ricardo
seu marido, fora encontrado por ela estendido naquela escada em decúbito
dorsal, morto por muitas facadas.
O
casal possuía uma situação financeira muito boa e frequentavam a alta roda da
sociedade.
Tudo
ia muito bem até que Maria descobriu que o marido tinha uma amante, e a partir
deste momento as brigas do casal tornaram-se frequentes. Todos os amigos já
estavam sabendo que em algum momento haveria o desenlace daquela situação
infeliz.
Os
policiais desconfiaram que Maria houvesse cometido o crime, já que não estavam
vivendo bem e ela tinha todos os motivos que levam uma pessoa ensandecida a
cometer crimes bárbaros.
Os
policiais interrogavam a esposa, para ver se em algum momento ela cairia em
contradição, mas Maria negava a pratica do crime com convicção com a segurança
de que não havia cometido aquele crime, inclusive a fizeram passar pelo
detector de mentiras e não surgia nada que a condenasse.
Os
peritos da investigação examinaram com mais atenção os detalhes na escada,
local do crime, finalmente encontraram fios de cabelo tanto nas mãos fechadas
de Ricardo que evidentemente lutara com seu algoz para evitar a morte e acabaram
por achar o mesmo tipo de fio de cabelo que foram levados para testes, nos
degraus da escada.
Daí
as suspeitas facilmente, caíram em cima da amante Carla, que não teria nenhum
álibi para justificar a sua presença na casa, no interrogatório, acabou confessando o crime,
alegando que Ricardo ameaçava abandona-la.
Maria
teria que começar sua vida novamente, mas livre. Mudou-se da casa com sua
escada fatídica que nunca mais gostaria de ver, onde o crime aconteceu e como a
escada, teria que começar tudo de novo degrau por degrau.
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