O lagarto Max
Alberto Landi
Havia
um lago muito grande com água turva, causada pelas algas que brotavam ao fundo
e ao seu redor; e uma ponte bem construída para atravessá-lo com segurança.
Margeando-o
havia casas com jardins floridos, onde as crianças brincavam à vontade em
contato com o verde.
O
lago, ponto turístico, estava repleto de sapos e peixinhos. Todos viviam em
perfeita harmonia. Divertiam-se em competições, saltando bem alto e apostando
rapidez na travessia do lago.
Até
que um dia, apareceu por lá um pequeno lagarto, o Max. E tudo mudou.
Max
não era nada amistoso e não queria fazer amizade. Mantinha-se sempre afastado e
de cara feia.
De
um momento para outro, começou a atacar e a comer os animaizinhos que, até
então, viviam em paz. O terror alterou o comportamento de todos eles.
Os
sapos decidiram procurar outro lugar para morar. Era impossível viver fugindo e
se escondendo.
De
tanto procurar, encontraram um buraco no fundo do lago que os levaria a um
lugar mais profundo, onde outros bichinhos já viviam.
O sapo Hull, no comando, mantinha a turma
organizada e, aos poucos, todos foram saindo por esse tubo.
O
lago ficou vazio e Max, solitário e sem alimento.
Porém
os fugitivos não se adaptaram à nova moradia: profundidade, algas de sabor
diferente, amigos maiores que não gostavam de muita conversa, muitos anzóis a
procura de caça.
Numa
reunião prolongada, decidiram voltar e fazer uma proposta ao Max.
— Se
você nos deixar em paz, todas as manhãs, traremos uma torta de maçã para você.
O
lagarto pensou... pensou... e decidiu:
— Oh!
Acordo fechado!
E,
assim, todas as manhãs, Max degustava uma deliciosa torta.
Mas
os sapos e peixinhos continuavam não satisfeitos com a situação e armaram um novo
plano para se livrar daquele animal para sempre.
Como
fazê-lo?
As
ideias foram surgindo e a melhor delas foi posta em prática. Cobriram-se de
algas e, juntos, transformaram-se num monstro. Assim que o lagarto aparecesse,
levaria um grande susto.
Max
se aproximou todo feliz para receber a torta do dia, mas quando entrou no lago,
foi surpreendido com a presença daquele bicho de outro mundo.
Correu
o mais rápido que pode e fugiu no mato.
Os
sapos e peixinhos aprenderam que “a união faz a força”.
E o
Max?
Desapareceu
para sempre.
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