Clark, o capitão
Alberto
Landi
A
história se passa entre Peniche, uma pequena cidade portuguesa, e as ilhas
Berlengas, tendo como protagonista o capitão Clark.
Ele
era um homem de meia idade, destemido, forte, valente, audacioso, corajoso, persistente,
habilidoso, conhecedor dos oceanos, formado na Escola Náutica Infante D.
Henrique, na cidade de Faro. Tinha uma experiência extensa no mar,
enfrentando todas as condições meteorológicas que o oceano poderia apresentar.
Tinha conhecimento dos procedimentos de segurança, telecomunicações e sistemas
de buscas e salvamento marítimo, pois, estava habituado a navegar com grandes
embarcações.
Nos
seus períodos de folga, visitava com frequência Peniche, e lá se encontrava com
Josué, um amigo e líder nativo das ilhas Berlengas, que lhe fez uma proposta:
— Olá
amigo! Você gostaria de conduzir uma pequena embarcação, o Bretagne, das ilhas
até o continente, levando 4 turistas, uma carga de peixes para os restaurantes
locais, e 2 marinheiros para te ajudar?
O
capitão prontamente aceitou e começou a vistoriar as caixas de força, a água
potável e o tanque de dejetos.
Ele,
considerado um mestre dos mares, foi consultar o clima, temperatura, tábua de
maré, ondulação e velocidade do vento. Monitorou os motores, posição do leme e
demais aparelhos, cabos e equipamentos de amarração também.
As 4
turistas sentadas à volta da embarcação, apreciavam embevecidas a belíssima
paisagem que se descortinava, tirando muitas fotos.
O
dia estava limpo, e o mar calmo quando deu início ao pequeno cruzeiro do
Capitão Clark.
Já
havia duas hora de navegação sem ocorrências. Eram aproximadamente 16 horas,
quando, de repente, desabou uma descontrolada, muito forte tempestade. No
início uma leve apreensão, mas ela se intensificou.
O
mar se encheu de ondas, e a chuva começou a encharcar o barco, pois só havia
uma cobertura de plástico.
No
comando, dois marinheiros desesperados controlando o barco pelo motor de popa.
A
chuva aumentava cada vez mais, ondas gigantescas e aterrorizadoras derrubavam
as pessoas, arrastando-as para lá e para cá, assim com seus pertences.
Clark
gesticulava em meio a tormenta:
— Por
favor, todos para o meio do barco!
Com
os olhos pregados no horizonte, tentando enxergar a pequena cidade à sua
frente, corria de um lado a outro atento aos acontecimentos, sem perder a postura,
pois tinha que transmitir calma e
tranquilidade à tripulação e aos passageiros.
Não
se via nada além do mar e das nuvens ao seu redor.
Dizia
para si em voz baixa:
— Logo
a mim, logo a mim isso tinha que acontecer!
Mas
foi pensando que Capitão habilidoso não se faz em mar sereno, não é em terra
que se fazem os marinheiros, mas no oceano, encarando a tempestade. Bons
marinheiros nunca foram feitos em mar calmo!
Cuidado
sempre, mas medo jamais. O medo muda o corpo como um escultor desastrado altera
uma pedra perfeita. Nunca ouça o medo. O medo paralisa as pessoas!
Não
se sabe quanto tempo se passou, mas com certeza, devido às circunstâncias, foi
uma eternidade então, assim, como começou, a tempestade, ela se foi formando um
arco íris no horizonte e tudo se tornou visível.
Chegando
ao continente e ao pisar em terra firme, todos agradeceram a Deus e a
habilidade, a calma e coragem do capitão, em conduzir a situação, por estarem
são e salvos.
Até
a carga de peixes foi salva!
Parabéns Landi muito boa sua história e pelo fato que agora você enviou o seu texto sem passar por mim. Que evolução fiquei feliz
ResponderExcluirHenrique