Querida
amiga Ana Maria,
Vou
lhe contar um segredo, mas não conte para ninguém, por favor, pois esse fato
enche-me de angústia.
Há
alguns anos venho sofrendo a aproximação de um tornado, mas nunca comentei com
ninguém, somente você, que considero minha melhor e fiel amiga, saberá do meu
drama.
Como
é de seu conhecimento, eu e Antonio estamos pensando em casar e, principalmente
ele é que não quero que saiba.
Envergonho-me
muito disso, mas o que fazer, nem sempre as coisas acontecem como sonhamos. A
vida nos prega peças que jamais imaginamos.
Sei
que posso confidenciar-me com você, uma vez que conheço bem seu caráter e
principalmente o carinho e amizade que tem por mim.
Amiga,
não sei como confessar esse meu defeito.
Durante
umas férias, estava fazendo um cruzeiro com uma amiga, Arlete, quando,
inesperadamente uma azeitona muito atrevida e que estava com o caroço em uma
fatia de torta, trincou um dos meus
dentes molar. Fiquei desesperada, em silêncio, comecei a chorar.
Alarmada,
Arlete perguntou-me o que havia acontecido e entre vagalhões de lágrimas,
respondi:
—
Você não imagina que terremoto aconteceu em minha boca e como resultado, um dos
meus dentes está abalado.
—
Ora, respondeu-me ela, isso é para tanto choro como se fosse um enterro?
Decepcionada
pela indiferença, mais aumentava minha aflição.
Com
toda calma que lhe é peculiar, aconselhou-me a esquecer o incidente e tão logo
retornássemos, consultaria meu dentista.
Querida,
até aí, nada de anormal, porém o que vou contar é que me aflige:
—
Foi necessário um implante, pois a raiz do dente estava também quebrada. Conto
com sua discrição.
Agradecida,
espero vê-la na igreja no dia mais feliz de minha vida.
Beijinhos
e muito brilho, Docarmo.
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