O
ROUBO DA ESTÁTUA DO IMPERADOR
Henrique Schnaider
Dr. Langdon era um estudioso de antiguidades. Chegou
de Londres, naquela manhã, em Roma. Foi direto para o Hotel no centro da
movimentada cidade italiana, com as pessoas falando alto e cheias de gestos, e
o aroma delicioso das massas com o molho que só eles sabem fazer.
Langdon tinha um encontro marcado com a Diretora e
curadora do Museu do Vaticano, Dra. Siena, que o convocou para que viesse com a máxima urgência.
Aconteceu um roubo misterioso de uma escultura do Imperador romano, Augusto,
que reinou o Império Romano, na época de Jesus.
Assim que chegou, lá estava ela aguardando ansiosa.
Siena chamava a atenção pela beleza, uma Vênus de Milo. O Dr. se perdeu em
olhares admirados pela Diretora.
— Olá Dr. Langdon, estava lhe aguardando com grande
expectativa. Vamos ao local do acontecido. Não consigo entender como conseguiram
efetuar o roubo da estátua do Imperador, já que temos vigias 24 horas e o local
possui raios laser. Devem ser especialistas. Não sei qual foi a intenção e para
onde levaram a estátua.
Langdon estava entretido entre olhar a beleza de
Siena e procurar detalhes, no local do roubo, que lhe dessem alguma pista na
investigação. Pensava ele. — “As pessoas
são capazes de ir muito mais longe por causa daquilo que temem do que por causa
daquilo que desejam. Esse era o caso de quem efetuou este roubo audacioso”.
Depois de observar cada detalhe do local onde estava
a estátua do Imperador:
— Foi realmente um trabalho de profissionais, não
deixaram qualquer pista, ou que seja,
nem um pequeno detalhe do trabalho que fizeram, mas continuarei, se você
permitir, a examinar detalhadamente o local do roubo.
Langdo possuía consigo
vários aparelhos para um exame que o levasse aos autores do roubo. Então,
se acende uma luz vermelha no cérebro e, automaticamente, no instinto
investigativo dele, havia um pequeno pedaço de tecido que ele deduziu ser de
uma roupa feminina.
Para Langdon, sempre que iniciava uma investigação
era como uma luta sem tréguas. Ele tinha como lema a seguinte frase. “Todos
temos a guerra dentro de nós. Às vezes ela nos mantém vivos. Outras vezes ela
ameaça nos destruir”. Ele não perderia esta batalha por nada, até solucionar o
caso.
— Eu vou voltar para hotel e analisar o que consegui
de pistas do roubo, Siena.
Ele já tinha alguma desconfiança, mas quis voltar ao
hotel, e na tranquilidade de seu apto, analisar com mais calma a conclusão a que
chegou. Depois de examinar com lupa o pedaço de tecido, chegou a uma conclusão.
Por incrível que pareça a pista se abriu, pois
Langdon desconfiado de Siena ao abraçá-la, antes de voltar ao hotel, conseguiu
sem ela perceber tirar com uma pequena lâmina afiada, um pedacinho do tecido do
vestido de Siena.
Voltaram ele e Siena a se encontrar no dia seguinte,
a pedido de Langdon.
— Siena, analisei o tecido que peguei no local do
roubo e tirei um pedacinho do vestido que você vestia ontem e são iguais.
— Eu te pergunto? Por que você está envolvida neste
roubo?
Siena lhe responde sem pensar:
— É verdade Langdon, eu contratei profissionais para
efetuar este roubo, para me vingar do Diretor Geral que me persegue desde que
assumi o cargo de Diretora do Museu. Eu vou devolver a estátua, se você me
prometer que não me acusará.
Langdon achou que valia a pena perdoar Siena e lhe
disse:
— Não vou lhe acusar, você tem minha palavra de
honra.
— Langdon, existe um ditado famoso ao qual não segui: “A
maior vingança contra um inimigo é perdoá-lo”, porém eu não consegui perdoar o
Diretor Geral e cheia de ódio me vinguei.
Langdon sorri:
— Vamos tomar um café e providencie a devolução da
estátua. Ambos trocaram um olhar cúmplice e sorriram. Siena deu o braço a Langdon e saíram andando
tranquilamente.
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