RENÉ-FRANÇOIS-AUGUSTE
RODIN
Leon Vagliengo
Pesquisa biográfica
Auguste Rodin
(1840-1917) foi um escultor francês. "O Pensador", "O
Beijo", "A Porta do Inferno", são algumas de suas famosas
esculturas. Foi um dos artistas mais influentes do século XX.
René-François-Auguste Rodin
(1840-1917) nasceu em Paris, França, no dia 12 de novembro de 1840. Filho de um
modesto funcionário do departamento de Polícia recebeu apoio da família para
suas inclinações artísticas.
Com 14 anos ingressou na
Escola Imperial especializada em artes e matemática onde aprendeu a desenhar e
modelar, sob a orientação de Lecoq de Boisbaudran e de Louis Pierre Gustave
Fort,
Com 18 anos, após ser
reprovado por três vezes no exame de admissão da Escola de Belas Artes, passou
a trabalhar como ornamentista para empresários de decoração na Paris
reestruturada por Haussmann, no período do imperador Napoleão III.
Em 1864 passou a viver com
a jovem costureira Rose Beuret, modelo de suas primeiras esculturas, com quem
teve um filho.
Ainda em 1864 teve recusada
a primeira obra que enviou ao salão oficial, “O Homem do Nariz Quebrado".
Rodin afastou-se das
exposições e passou a colaborar com Albert-Ernest Carrier-Belleuse na decoração
de monumentos em Bruxelas, entre eles, na Bolsa do Comércio.
Em 1875 visitou Florença e
Roma, quando ficou fascinado pelas obras de Donatello e Michelangelo.
Primeira
escultura
Sua primeira escultura
exposta ao público foi "A Idade do Bronze" (1876), com traços
chocantes para o gosto da época, provocando grande escândalo, e houve quem
o acusasse de ter trabalhado com um modelo vivo.
De volta à França, preparou
seus trabalhos para a exposição Universal de 1878 e chamou a atenção com a obra
“São João Batista Pregando”.
Em 1880 recebeu a encomenda
de uma porta monumental, em bronze, para o futuro Museu de Artes Decorativas de
Paris. Nela trabalhou durante longos anos, mas deixou-a inacabada ao morrer.
Projetada como réplica da
Porta do Paraíso, esculpida no século XV pelo italiano Lorenzo Ghiberti para o
batistério de Florença, a obra, conhecida como “Porta do Inferno” deveria
extrair seus temas da “Divina Comédia de Dante”.
Após uma viagem a Londres
em 1881, onde tomou contato com as interpretações de Dante feitas pelos
primeiros pré-rafaelistas e por William Blake, em suas obras visionárias, Rodin
alterou seus planos originais, com a pretensão de fazer do monumento um
universo de formas atormentadas pelas paixões humanas e a morte.
A "Porta do
Inferno", esculpida entre 1880 e 1917, traz 180 esculturas de vários
tamanhos.
Os motivos da “Porta do Inferno” foram aproveitados em outras esculturas
independentes, em escala maior, entre elas, “O Beijo” (1889), esculpido em
mármore:
Outra imagem elaborada para a porta,
que se transformou em peça isolada e se tornou uma das mais famosas obras do
autor foi o “O Pensador” (1902), esculpido em bronze. Existe mais de vinte
copias da escultura em museus pelo mundo.
Amante da fotografia, Rodin deixou um
arquivo com 7000 imagens, que permite seguir, passo a passo, a elaboração de
suas esculturas, como a obra “Cidadãos de Calais" (1886).
Auguste Rodin recebeu a encomenda
para esculpir o busto de Victor Hugo, mas o mesmo teve de ser refeito várias
vezes, entre 1886 e 1909, por mostrar o escritor de peito nu.
Um monumental "Balzac" de
corpo inteiro causou celeuma a partir de 1898, por já apontar para o ideário da
arte moderna. Em 1939, essa obra foi posta no cruzamento dos boulevards Raspail
e Montparnasse, em Paris.
Rodin recebeu a encomenda
de uma série de bustos, como o de Francisco I, Octave Mirbeau (1889),
Puvis de Chavannes (1891) e Clemenceau (1911), o que contribuiu para situar o
escultor como o mestre da arte do retrato em relevo pleno.
Embora atacado pelos
críticos artísticos acadêmicos, Auguste Rodin conheceu a glória no fim da vida.
Em 1900, um pavilhão inteiro - o Pavilhão das Almas, da Exposição Universal foi
consagrado a seus trabalhos, que reuniu cento e cinquenta obras do artista.
Em 1908, Rodin se instalou
no Hotel Biron, palacete parisiense do século XVIII. Em 1916, ofereceu ao
Estado todas as suas obras na condição do Hotel Biron se tornar o Museu Rodin.
A negociação foi oficializada em 24 de dezembro de 1916.
Em janeiro de 1917, Rodin
casa-se com sua companheira Rose Beuret, mas ela morre duas semanas depois
e Rodin morre no dia 17 de novembro do mesmo ano.
Ambos estão sepultados no parque da Villa des Brillants, em Meudon, França, onde o artista tinha um ateliê.
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