A História
da escultura Pietà, de Michelangelo
Leon Vagliengo
Pesquisa por seleção, adaptação e
montagem de textos de sites do Google.
Pietà,
a escultura feita num único bloco de mármore, que consagraria Michelangelo como
um dos maiores gênios da arte, foi produzida quando ele tinha apenas 23 anos.
Na Itália, integrou as primeiras obras escultóricas com o tema Pietà, que já era bastante presente na pintura italiana, e possuía alguns exemplares em escultura na Alemanha e na França.
O
trabalho foi uma encomenda do cardeal francês Jean Bilheres de Lagraulas para
integrar seu monumento fúnebre. Em apenas um ano Michelangelo terminou sua
obra-prima; entretanto, o cardeal faleceu antes dela ser concluída. Depois de
finalizada, a Pietà foi então colocada no túmulo de Jean
Bilheres, na Capela de Santa Petronilla. Por lá ficou durante 20 anos, até que
foi transferida para a Basílica de São Pedro, na Cidade do Vaticano, onde se
encontra hoje.
A
escultura Pietà é uma das mais belas e impressionantes obras da
história da arte do Ocidente e uma das mais conhecidas do autor.
Produzido
em 1499, o trabalho possui 174 x 195 cm. Nele, o artista representa a cena
bíblica em que a Virgem Maria segura, em seus braços, Cristo - seu Filho - já
sem vida.
Esse
tema cristão, chamado de Pietà, em italiano significa
"piedade". Portanto, praticamente todas as obras feitas com esse mote
recebem o mesmo nome. A cena está relacionada a Nossa Senhora da Piedade e Nossa
Senhora das Dores.
A assinatura de Michelangelo
Michelangelo
assinou apenas uma obra em sua vida, a escultura Pietà.
Pode-se
ler na faixa que atravessa o torso de Maria a inscrição: MICHEA[N]GELVS
BONAROTVS FLORENT[INVS] FACIEBAT, ou seja, Michelangelo Buonarroti, o
florentino, fez.
Segundo
consta, a assinatura foi feita depois que a obra foi concluída e entregue, pois
Michelangelo teria ouvido rumores de que devido à sua pouca idade, outro
artista seria o autor do impressionante trabalho.
O
escultor então, num acesso de raiva, teria inscrito seu nome na obra a fim de
sanar todas as dúvidas.
Análise
da Pietà de Michelangelo
A Pietà exibe
um trabalho técnico, preciso e excelente de escultura em mármore. O drapeado
das vestimentas de Maria, a composição, os músculos relaxados de Cristo, as
expressões das personagens, todos esses elementos contribuem para que a obra
tenha força, beleza e serenidade ao mesmo tempo. Uma combinação dos ideais da
beleza clássica típica do renascimento.
Pietà:
elementos da composição
Produzida
em 1499, a escultura Pietà exibe uma composição em formato de pirâmide,
possuindo as dimensões de 174 x 195 cm. Ao esculpir Pietà,
Michelangelo optou por utilizar um esquema de composição piramidal,
que já era bastante usado na época renascentista.
O artista também alterou o tamanho do corpo de Jesus, esculpindo-o menor que o de Maria, a fim de melhor encaixá-lo na composição triangular.
O
rosto da Virgem
A virgem Maria exibe um semblante sereno e jovem na escultura de Michelangelo.
O
rosto de Maria é representado com uma aparência bem mais jovem do que seria o
comum para uma mulher com um filho de 33 anos - idade com que Cristo foi
crucificado, segundo a bíblia.
Isso
porque dessa forma ela poderia simbolizar "todas as mães", além de
manter uma expressão de pureza e virgindade.
A
Virgem também exibe um semblante de conformidade e resignação, em que a dor da
perda do filho é idealizada. Isso trouxe um contraste com as obras realizadas
com o mesmo tema até então.
O
rosto de Cristo
Jesus
nos braços de sua mãe exibe feições europeias, com traços finos. Seu rosto, exibe
uma expressão um tanto quanto serena, apesar de já estar sem vida.
O fato
de as feições de Cristo serem as de um homem europeu explica-se porque - devido ao seu caráter eurocêntrico - a
história da arte ocidental sempre representou o Messias do povo cristão dessa
maneira.
Segundo
a própria bíblia, Jesus teria nascido em Belém, cidade localizada na Palestina.
Cristo era, portanto, um homem típico do Oriente Médio.
Em
2011 foi realizado um documentário para a BBC em que pesquisadores recriaram o
que seria a aparência real de um homem que tivesse vivido na mesma época e
local de Cristo.
Assim,
foi constatado que, ao contrário da representação europeia que conhecemos de
Jesus, se ele de fato existiu, teria baixa estatura, cabelos aparados (como era
usado na época), pele morena e traços mais próximos com os do povo negro.
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