UMA TEMPESTADE!
Dinah Ribeiro de Amorim
ACORDO DE UM SONO PROFUNDO! CUSTO A RECONHECER ONDE ESTOU!
DEVO TER CAÍDO E BATIDO A CABEÇA. OLHO AO REDOR E ME LEMBRO. ESTOU EM CASA,
ANOITECE, FALO AO TELEFONE COM UMA AMIGA.
DE REPENTE, ELA ME INTERROMPE, PARECENDO OUVIR UM BARULHO EM
SUA COZINHA. ENQUANTO ESPERO, OLHO ATRAVÉS DOS VIDROS DO TERRAÇO. O CÉU, DE UM
AZUL AVERMELHADO, ESCURECE. PESADAS
NUVENS ESCURAS VÃO SE FORMANDO. APROXIMA-SE UMA TEMPESTADE!
A CALMA DO ANOITECER É INTERROMPIDA POR FORTE VENTANIA. AS
PLANTAS, EM PEQUENOS VASOS, MUDAM DE LUGAR. UM ZUMBIDO ATORDOANTE ATINGE MEUS
OUVIDOS. É A FORÇA DO VENTO QUE PERCORRE TUDO, FAZENDO BATER PORTAS, JANELAS E
CORTINAS.
RAIOS SEGUIDOS DE TROVÕES ILUMINAM O CÉU COM GRANDES
ESTRONDOS. GROSSOS PINGOS DE CHUVA CAEM. É A TEMPESTADE!
APAGAM-SE AS LUZES DE MEU APARTAMENTO E DAS CASAS AO REDOR.
SINTO ALGO BATER EM MINHA CABEÇA. NÃO VEJO MAIS NADA! ACHO QUE DESFALECI.
AGORA, ACORDADA, PERCEBO UM ABAJUR QUEBRADO NO CHÃO. DEVE SER
A CAUSA DE MINHA QUEDA. LEVANTO-ME COM DIFICULDADE, AINDA ATORDOADA, E VOU AO TERRAÇO.
TUDO QUIETO! CALMO! APÓS A TEMPESTADE.
AS LUZES VOLTAM! É A
BONANÇA APÓS A TORMENTA!
AGORA, VERIFICAR OS ESTRAGOS...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DEIXE AQUI UMA MENSAGEM PARA O AUTOR DESTE TEXTO - NÃO ESQUEÇA DE ASSINAR SEU COMENTÁRIO. O AUTOR AGRADECE.