O
MAR
Suzana da Cunha Lima
O mar sempre me fascinou e
ao mesmo tempo me aterroriza, de acordo com seus humores e vontades. Violento
ou calmo, raso ou profundo, verde ou azul, de ondas miúdas ou gigantescas, das marolas aos
tsunamis, é uma imensa massa líquida sobre a qual não temos o menor controle.
Ali, no Arpoador, ele se
manifesta de diversas maneiras. Em dias de tempestade, as enormes vagas se
jogam brutais na pedra, buscando rudemente caminho até à praia, onde levantam
espuma e sal.
Em dias de sol, que
felizmente são a maioria, aí o mar parece abraçar a pedra sem pressa,
escorregando macio até beijar a areia com gentileza.
É a praia mais bela da orla
carioca, e seu esplêndido pôr do sol
provoca aplausos daqueles que o veem pela primeira vez.
O céu e o mar se vestem com
os mais fantásticos tons rubros, pois é lá que o sol se despede por último, relutante,
como à amante mais querida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
DEIXE AQUI UMA MENSAGEM PARA O AUTOR DESTE TEXTO - NÃO ESQUEÇA DE ASSINAR SEU COMENTÁRIO. O AUTOR AGRADECE.