As vizinhas
Dinah Choichit
Estava abrindo a porta do apartamento
para pegar o elevador e, por casualidade minha vizinha também.
Eu chamei o elevador, e a partir daí
começou a conversa.
Perguntei se havia viajado
nesses feriados do carnaval.
Disse que não. Não tinha paciência
para ficar de duas a três horas para percorrer uns 100 kms, quando normalmente
levava somente uma hora. Tivera também a oportunidade de oferecer o sitio, que
era perto, em São Roque, para a sua irmã que tinha seis netos e iam se reunir.
Uma das filhas vinha do exterior para
visita-las. Essa tinha um casal de filhos, Paulo de oito anos e Ana Tereza de
10. Já fazia muito tempo que não via os netos.
O filho morava em São Paulo, tinha quatro
filhos sendo duas meninas gêmeas, Lucia e Helena, de nove anos, um menino de
sete, Eduardo e uma menina de cinco Gabriela.
Pensei, puxa não para de falar. Será
que vai contar também o que se passou no sitio. E continuou.
Que eles passariam o carnaval
juntos, no sitio, e que depois iriam visitar os parentes. Já tinham sido
convidados para almoços, jantares, churrascos, a agenda já estava cheia.
Eu falei: que maravilha. E ela
continuou: Aproveitei para colocar a casa em ordem. Como você sabe trabalho a
semana inteira, depois academia, cuidar do marido e filhos leva tempo. Convidei
também para virem jantar aqui na quinta-feira.
E por falar nisso gostaria que você
me passasse a receita daquele maravilhoso pavê de nozes. Vai ser um sucesso o
meu jantar.
Só eu falei. E você?
Venha amanhã a tarde tomar um café
comigo.
Chegamos na garagem, e ela continuou, eu
estou atrasada para o cabeleireiro, pois tenho um jantar chiquérrimo
e preciso estar à altura vou pintar o cabelo, unha, depilação e uma bela
massagem para me acalmar. Foi um prazer conversar com você. Não
falte amanhã.
E eu só consegui respirar fundo: UFA!
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