DESTINOS CRUZADOS
Henrique
Schnaider
Álvaro
era aquele tipo de pessoa de difícil relacionamento, tinha poucos amigos, era solitário
e quase todos os dias saia para um longo passeio na praia, sempre ia
acompanhado da cachorrinha Teca.
Neste
dia de um céu enfarruscado, lá foi ele pela praia, com Teca correndo na frente
toda lampeira. Ele caminhava vagarosamente com a água banhando
os pés.
De
repente vê que teca havia achado algo, o rapaz apressou-se para ver do que se tratava. Era uma garrafa.
Curioso,
ele a pegou. Pelo seu estado demonstrava ter passado longo tempo no mar, olhou
no interior um papel com coisas escritas.
Estava
muito bem vedada.
Assim
que conseguiu abri-la, ansioso desdobrou o papel, era uma mensagem de amor
imaginário com alguém que a missivista não conhecia, mas idealizava que a
pessoa que encontrasse o bilhete, seria o amor de sua vida.
A
carta era detalhada, dava hora e local de onde seria o encontro e de como ela
estaria vestida, o local ele conhecia e não era muito longe dali.
Álvaro
ficou impressionado com a coincidência, já que depois de tanto tempo no mar,
estava marcando um encontro com uma data que seria dali vinte dias, não pensou
duas vezes, iria naquele encontro.
Ao
sair à porta de casa, viu a vizinha que nem sequer sabia o nome. Notou como era
atraente, acenou para ela. Ele nunca vira ninguém na casa, imaginou que ela
fosse também solitária como ele.
De
repente viu-se angustiado com os pensamentos voltados àquele encontro, o dia
marcado se aproximava. Quanto mais próxima a data, mais desesperado ficava
achando que estava ficando louco, por acreditar numa mensagem vinda do mar, dentro
de uma garrafa.
Finalmente
chegou o dia mais esperado de sua vida, e ao mesmo tempo numa tremenda angústia,
pois se achava um perfeito idiota por acreditar no que estava por fazer.
Dirigiu-se
ao local sem disfarçar o nervosismo, os detalhes do local eram muito claros,
hora marcada, disse como estaria vestida.
Pontualmente,
Álvaro chega ao local do encontro. E para sua surpresa, lá está sua vizinha. Fica
um pouco desorientado, mas não havia dúvidas, era ela! Só podia ser, estava
exatamente no local marcado, vestida de acordo como descreveu na carta.
Ele
se aproxima a cumprimenta, ambos demonstravam uma satisfação e surpresa. Perguntou
seu nome. Perola, ela disse. Conversaram com muitas horas e o rapaz teve a
certeza que nunca mais andaria solitário naquela praia.
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