O SIGNIFICADO DE UMA ROSA!
(Amora)
John
e Mary resolvem se casar, após dez anos de vida em comum.
Não
eram muito adeptos a cerimoniais, casamentos, papeladas, mas depois que John
teve um mal súbito, ameaça de enfarte, Mary, muito assustada, resolve legalizar
a situação e, sente-se finalmente grávida, um sonho antigo que ficara no
esquecimento.
Como
lua de mel, escolhem a bela Itália, Verona, Veneza, Firenze, Roma, Milão, sendo
que na Ilha de Capri, têm uma surpresa!
Uma
mulher morena, aspecto de cigana, oferece-se para ler a mão. Como Mary não crê
nessas coisas, sorri amavelmente e nega-se ao pedido.
Olhando-a
intensamente, a mulher estende-lhe uma rosa e pede que a guarde, como lembrança
de viagem.
Após
algum tempo, distraída, Mary deixa-a cair fazendo com que outra pessoa a
pisoteie, sem querer.
Na
volta ao hotel, preocupada, comenta com John sobre a linda rosa recebida que
havia caído. Que pena! O marido, achando graça na história, prefere comentar
sobre a bela viagem feita a Capri, finalizando as férias que tiraram. Voltariam
a Roma, de Roma a Amsterdã e, em seguida, La Guardia, Miami, onde moravam.
Bela
viagem, com certeza, pensa Mary emocionada. Tantas lembranças e cultura para
comentar com amigos e familiares. Sabe Deus quando fariam outra novamente.
Durante
o caminho de volta, John teve novamente um mal súbito, mal dando tempo de
chegarem em casa. Mary, assustadíssima, leva-o ao hospital e, após alguns dias,
recebe a notícia que houvera um novo enfarte e ele falecera.
Chorosa,
entristecida, ainda cheia de malas, Mary volta para casa, tentando avisar
parentes e amigos que voltaram de viagem e John falecera. Nem sabe direito como
falar, engasgada pela emoção. Tão felizes com a viagem, e tão infeliz ela
agora, completamente sem ação. Será que foi muita emoção contida! Muita
correria! Dúvidas e perguntas que sempre fazemos diante de algo inesperado.
Desliga
seu telefone pela décima vez e senta-se um pouco tentando colocar pensamentos
em ordem.
Olha
distraidamente para um vaso no armário e percebe uma rosa envelhecida,
amarelada, sem cair nenhuma pétala, como se a esperasse inteira, antes de se
romper toda. De longe, banhada pela luz do sol, parece dourada, transformando o
vermelho púrpura em ouro velho.
Quem
a colocara ali! Não se lembra de ninguém. A última rosa que recebera foi em
Capri, daquela cigana insistente em falar-lhe.
Retira-a
com cuidado do vaso e aí ela se desfolha toda!
E
tem gente que não acredita em nada, pensa Mary surpreendida! Talvez fosse algum
aviso do perigo que sofreria!
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