PERDI
O SONO
M.luiza de C.Malina
Uma noite eu não conseguia
dormir.
Girava e desvirava. Acabei levantando.
“Vou fazer como minha
irmã. Saio da cama e tiro o pijama. Desço a escada, abro a porta e já estou
fora de casa”- pensei
Lá fui eu! A rua estava meio escura. Fui até a esquina, como quando a gente
passeia com o Tutu, nosso cachorrinho. Não
passava nenhum carro na rua.
“Opa, onde estou?”
Achei melhor perguntar
para um homem de capa preta.
— Moço, o senhor sabe onde
eu moro? É que eu não sei.
— Ah! Menino, eu sei sim.
Vou te levar pra casa. O que você está fazendo aqui fora pelado?
— Eu acordei, tirei o
pijama e vim passear. A gente não passeia de pijama, não é?
— Sua mãe vai levar um
susto muito grande!
O vigia da rua olha as
horas. São 3:00 da manhã, mas precisa tocar a campainha.
A correria da campainha se
tornou um alvoroço maior com a surpresa do “malandrinho” correndo para os
braços da mãe, justificando muito feliz:
— Fui passear e o Tutu não
foi comigo!
— Dona! Olhe, o seu filho saiu para a rua a esta hora da madrugada, e saiu assim, pelado! Eu estava quase
cochilando na guarita quando senti uma coisinha se mexendo no outro lado da
calçada, pensei que estava sonhando. Firmei bem os olhos e vi que era seu
filho, saí correndo e o trouxe. Agora, se ele virasse a esquina, nunca mais a
gente iria encontrá-lo!
— Fui passear mamãe, e o Tutu
não foi comigo! - repeti.
Tudo em ordem. O guarda
aconselha:
—Dona, sua casa
precisa de muro e portão. Vai que eu
durmo numa noite destas!
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