O LÁPIS
E SUAS QUALIDADES
Henrique Schnaider
O lápis tinha um papel muito importante naquela
casa. “Maldoso” às vezes ficava sem ponta deixando todos, que precisavam dele
para escrever, sem poder fazer o que precisavam. Ou seja, escrever uma carta,
uma lição de casa ou algum desenho.
Quando estava de bom humor, podia ser “lúdico”,
possibilitando através da escrita, umas brincadeiras legais. Ele estava sempre
“faminto”, precisando do apontador para satisfazer suas vontades e ficar com
uma bela ponta. Mas o apontador cobrava um preço caro para lhe apontar. Ele tinha
que dar a cada apontada, a sua própria composição de madeira.
“Injusto”, às vezes, resolvia quebrar a ponta no
meio de qualquer tarefa. E pronto, lá
vinha o salvador da pátria, o belo apontador com suas lâminas bem afiadas para
apontar e deixar uma bela ponta novamente, alegrando quem estivesse usando o
lápis.
“Matreiro”, de vez em quando, ficava com a ponta
grossa só para se divertir e brincar com quem estivesse fazendo um desenho que
acabava ficando muito feio.
O apontador também gostava de fazer das suas com o
lápis e resolvia não apontar ele direito. Pois tinha que ser “preciso” para
apontar e ficar uma bela ponta. O lápis ficava bravo com seu parceiro, pois
sabia que sem o apontador, não teria como realizar suas funções.
As pessoas da casa gostavam muito do lápis, pois se
divertiam através dele, escrevendo ou desenhando. Eles o achavam de extrema
utilidade e cuidavam dele com o maior carinho.
Mas a vida do lápis foi relativamente curta. Com o
passar dos dias, quanto mais ele era usado, pior para ele. E ele foi ficando
aflito. Foi vendo sua vida encurtar cada vez mais e até que um dia, ele ficou tão
pequeno que o seu triste destino foi a lata do lixo.
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