A GRANDE JORNADA - CONTO COLETIVO 2023

AINDA HÁ TEMPO PARA AMAR - CONTO COLETIVO 2011

FIGURAS DE LINGUAGEM

DISPOSITIVOS LITERÁRIOS

FERRAMENTAS LITERÁRIAS

quinta-feira, 17 de dezembro de 2020

O NAMORO DA CAVEIRAS - Henrique Schnaider

 


O NAMORO DA CAVEIRAS

Henrique Schnaider


O Esquelético era muito magro só não era mais porque não tinha como. Todos os dias saia de sua tumba para dar umas voltinhas pelo cemitério. Era outono e as folhas caiam suavemente das árvores sentidas de perdê-las, mas era Outono e essa é a lei da vida, as folhas teriam que cair.

Naquele dia chovia grossos pingos caíam, era uma chuvarada, mas o Esquelético que não era bobo e nem nada, tinha um guarda-chuva que alguém esqueceu no cemitério, e assim protegido, saiu para dar umas voltas.

De repente parou um pouco, tinha um encontro

Ele era um danado de um namorador e todos os dias marcava um encontro com a namorada a Esqueletilda. Parou no lugar de sempre e aguardou que ela chegasse. Demorou um pouco para a namorada chegar já que ela era uma esqueleta, mas não deixou de ser mulher e acabou demorando mais um tempo já que queria se enfeitar toda para ele.

Finalmente ela chega toda bela e formosa e o Esquelético tremeu todos os ossos de emoção, gostava muito dela. Ela deu a ele seu braço de puro osso e saíram para passear. Ele agasalhou ela debaixo do guarda-chuva e assim podia ficar bem juntinho dela.

Depois de trocar uns beijos e uns abraços cadavéricos resolveram ir visitar o amigo o Esquético que os recebeu de ossos abertos e os convidou a entrar na sua tumba que era um exemplo de arrumação. Afinal o Esquelético era uma caveira, mas era caprichoso e onde morava era super arrumadinho.

Ele serviu um chá quentinho esquentou todos os ossos. A conversa foi longe as fofocas foram muitas, falaram mal da vida de todo mundo.

Já se fazia tarde e os namorados resolveram ir embora prometendo voltar mais vezes. Esquelético levou a Esqueletilda de volta para a tumba dela. Namoraram mais um pouco fizeram muitas juras de amor, já que não tinham pressa, muito pelo contrário tinham a vida eterna pela frente.

Já era noite e Esquelético tinha medo do escuro, tratou de ir correndo embora, balançando todos os ossos crec, crec crec. A danada da chuva não parava.

Se deitou no seu túmulo de mármore e tratou de dormir logo para sonhar com sua amada Esqueletilda. Queria que logo chegasse o dia seguinte e poder tornar a vê-la.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

DEIXE AQUI UMA MENSAGEM PARA O AUTOR DESTE TEXTO - NÃO ESQUEÇA DE ASSINAR SEU COMENTÁRIO. O AUTOR AGRADECE.

O CASAMENTO REAL - Alberto Landi

  O CASAMENTO REAL Alberto Landi  Em uma manhã ensolarada de 22 de maio de 1886, as ruas de Lisboa se encheram de flores e música para cel...