DOR EXISTENCIAL
ILKA
ANDRADE
Jouse
acordou e tomando suco verde.
Enquanto
isso pensava:
Dor de cabeça vem da cabeça.!
Dor das costas vem das costas!
Dor do estômago vem do estômago!
E a dor existencial vem de onde?
Vem
das nossas fraturas emocionais, tristeza, angústia, vazio. Esta dor nenhum
plano de saúde cobre. Mesmo sendo possível encontrar seu foco não é fácil a
cura. Conhecemos outras pessoas e sofrem por pensamentos imaginários. Essa dor não
vem da escolha, mas do destino. Talvez, de uma proposta negada, um beijo
recusado, um convite a desistência.
Jouse passa sentir o sabor da angústia
abandonada pelo seu grande amor. Brota então um choro sentido vindo da zona
mais secreta. Na despedida ele dirigiu palavras brancas e frias, mas grato pelo
amor recebido. Só que acabou de acabar, não adianta mais.... Não temos nada a
perder ou a ganhar...
O
tempo e as lágrimas corriam. Era um amor que colecionava mais brigas do que
beijos, mais discussões do que declarações, mais rendições do que entrega. Um
amor sem parceria.
A vida joga os dados, distribui as cartas, gira a
roleta, e a nos cabe apenas continuar apostando.
Jouse
engoliu o choro amargo dizendo: Vou apostar em um novo amor, doce e brando...
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