Frustação.
Dinah
Choichit
Miro
estava a passeio em São Paulo e resolveu ir para a fazenda de seus pais. Estava desconfiado de que algo não estava
correndo bem.
Seu
pai andava muito preocupado, as contas não batiam com o saldo bancário.
Miro
tinha um primo que trabalhava com ele na fazenda, era encarregado da administração.
Eduardo ganhava bem, mas tinha muito ciúmes de Miro.
Acontece que o pai de
Eduardo também já teve bens, mas perdeu tudo na mesa de jogo. A mãe fugira com
o capataz. Eduardo revoltou-se, tornou-se vingativo. Até que foi acolhido pelo
tio.
A má
índole do menino imperava. Desde pequeno não se conformava com a situação.
Vivia pensando com pegar o dinheiro do tio e fugir. Até que planejou como
fazê-lo. Começou desviando pequenas somas e sondou o tio. Depois passou a
maiores quantias, e viu que o velho já andava desconfiado. Quando soube que Miro
viria, ficou preocupado.
O
tio não tinha outros parentes, somente Miro e ele, Eduardo. Sabia também que se
Miro morresse, ele seria o herdeiro do tio. Dali à arquitetar um plano, foi um
pulo.
Miro
chegaria daqui a dois dias. Ele e que iria buscá-lo no aeroporto. Revólver ele
já tinha, mas como matá-lo para que não desconfiassem dele?
Pedir
ajuda nem pensar. Lembrou-se da cachoeira no caminho, Miro sempre pedia para
parar e dar uma olhada. Era bem funda, perigosa. Miro ficava sentado alguns
minutos admirando o cair da água. Dizia que se acalmava olhando a natureza,
principalmente aquela cachoeira.
Não
teve dúvida, pegaria o revólver e quando Miro sentasse daria o tiro nas costas
e o jogaria cachoeira abaixo. O corpo seria tragado pelo turbilhão da água e
seria levado para bem longe.
Ficou
tranquilo. Limpou a arma, guardou e esperou o dia.
Foi
buscá-lo por volta das 10.00 horas da manhã, como combinado. Abraços para cá,
abraços prá lá, e Miro apresentou a namorada que viera conhecer os pais.
Eduardo
ficou uma arara. Seus planos foram por água abaixo. Disfarçou sua ira, e tratou
de carregar as malas.
Acabara
de se acomodar quando Miro viu o revólver na cintura do Eduardo. Perguntou o
que ele pretendia com aquela arma.
Eduardo
quase bateu no barranco. Se controlando
disse que havia certas notícias de ladrões de gado assaltando as fazendas.
Estava só prevenido.
Foi
conversando alegremente com o primo e a namorada até chegarem na fazenda.
Recolheu-se ao quarto e deu um tiro na cabeça.
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