A FLORESTA ENCANTADA
Michel
Milhão
Havia uma
trilha pela floresta com uma cerca viva, alta de um lado, e eles seguiram por
ali. Bem acima as estrelas brilhavam e piscavam, a lua cheia emitia luz
amarelo-dourado da cor do milho maduro, era capaz de enxergar arbustos
espinhentos de rosas no meio da cerca.
Jonathan e
Mafalda avançavam com um só destino, sem medo no meio daquela floresta
encantada, apesar dos uivos terríveis que alardeavam toda região.
Com a
espada em riste enfrentavam tudo, sempre atentos. De repente surgiu um desengonçado
urso com cabeça de Javali, acompanhado de vários lobos ferozes, rosnando e
avançando para o casal. Ele gritou:
— Não tenha medo, Mafalda! Não corra, fique ao meu
lado.
— Mas são muitos! Cuidado, Jonathan! Olhe, uma
enorme cobra atrás de você!!!
Como um
raio, ele virou-se decepando a víbora, ao mesmo tempo em que um lobo pulou em
sua direção, mas teve o mesmo destino da cobra.
O enorme
urso avançava, o casal ia se afastando apreensivo, apavorado. A luta era
desigual, o rapaz já bastante ferido, foi quando o urso, com urros ensurdecedores
arrancou-lhe a espada. A garota gritava:
— Agora é o fim!!!
Já embaixo
do urso, os lobos entraram a luta, mordendo-o, foi quando ele se lembrou, e gritou:
— Você é a princesa Mafalda, não deve morrer. O
bracelete! O bracelete!
Ela
imediatamente tocou no bracelete em forma de cobra que mordia o próprio rabo,
tinha ganhado como presente de uma grande feiticeira pelos serviços prestados.
Como por
encanto, os animais viraram.
— Agora sairemos da floresta, vamos encontrar
pessoas, se perguntarem de onde viemos, diremos: Lá de trás.
— E para onde vão?
— Para frente!
Contando
com a sorte, ainda muito fracos, avançaram agarrados, se protegendo de tudo e
de todos.
A floresta cinza embaralhou a luz, as cores e
a distância resplandecia e sumia como se fosse ilusão de ótica.
Sem
condições de seguir, deitaram-se e adormeceram.
Ao raiar do
sol, já refeitos, estava na hora da procura das terras esquecidas, lugar como
era conhecido, onde o príncipe Jonathan estava sendo aguardado pelo seu povo.
Dias
depois, vieram vários cavaleiros e os levaram ao palácio.
Alguns anos
depois como eram esperados, o reino das terras esquecidas já não era mais um
lugar esquecido, prosperaram agora todos felizes, foi quando ouviram um choro de
criança, era o filho tão esperado, o herdeiro do trono.
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