EM VISITA
A UM MUSEU.
Do Carmo
Em viagem ao deserto de Saara, visitei muitos lugares interessantes.
Mas, Agadir trouxe-me lembranças de minha sonhadora adolescência.
Além dos livros que faziam parte do programa escolar, a professora de Português
pedia que, nas férias, lêssemos dois títulos de escolha aleatória, os quais
fariam parte de prova oral.
Antes de terminar o semestre, consultei a biblioteca do colégio e
encontrei um título que me interessou “O Sheik de Agadir”, não lembro o
autor.
Apaixonei-me pelo protagonista, sonhava com o príncipe do deserto, de
pele queimada de sol, cavalgando um alazão negro. Ao devolver os livros, a
bibliotecária perguntou minha opinião sobre as leituras. Meu coração pulava no
peito sempre que falava do Sheik. Sorridente contou-me que tinha a continuação
do livro, “O filho do Sheik”, imediatamente peguei-o e li com voracidade. Mais
e mais me emocionava com aquele desmedido amor.
Do segundo livro, esqueci completamente.
De repente, saio do torpor das recordações, pois vejo misturado com
peças muito antigas, a lendária “Lâmpada de Aladim”, com placa de identificação
como sendo autêntica.
Ah! Se eu pudesse comprá-la, realizaria um sonho de mais de cinquenta
anos acalentados.
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