Um novo dia
Jany
Patricio
Na
varanda, fumando um cigarro de palha, o senhor Mario Duarte olhava para o
horizonte. A fumaça confundia-se com a neblina da manhã. Os cheiros do café e
bolo no forno atravessavam a porta da sala. Raios de sol surgiam por traz das
montanhas dispersando a névoa. Bzzz! Bzzz! – Abelhas rodeavam as flores do
jardim.
Ouvem-se
roncos de motor. Bii! Bii! – Chega Eduardo trazendo na caminhonete, queijos,
ovos e frutas do sítio dos Almeida.
Seu
Mario balança a cabeça e sorri. Ele é tetravô de Eduardo.
Vem
na sua memória o tempo em que cavalgava pelos pastos da fazenda. Cuidava da
plantação de café. Tudo era feito manualmente ou com a ajuda dos carros de boi.
Hoje as máquinas fazem tudo: semeiam, regam, adubam, colhem. Pensava ele.
—
Seu Mario, o café tá pronto! – diz Helena, de quem ele é trisavô.
Ele
aciona o botão da cadeira de rodas elétrica e dirige-se para a cozinha, antes
colocando o celular sobre uma mesinha da sala. Enquanto isso, Eduardo põe sobre
a mesa o queijo e ovos fresquinhos.
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