São Paulo, 10 de
outubro de 2014.
Para um amor perdido:
Quantos momentos felizes tivemos juntos, e
não soubemos aproveitar.
Tanta coisa boa nos aconteceu e deixamos
escorregar pelos dedos.
Nosso rompimento foi triste. Sentia que nunca fui amada, realmente.
Separamo-nos.
Traçamos destinos diferentes: eu, uma
escritora pretensiosa, você, um profissional brilhante.
Soube, mais tarde, que lia meus contos,
principalmente um em que a heroína sentia lhe afagarem os cabelos.
Foi uma invenção minha! Você interpretou
diferente. Na sua doença terminal, quando fui chamada, seu primeiro gesto foi
afagar meus cabelos. Senti, naquele momento, um pedido de perdão, vontade de
realizar um carinho que nunca fizera.
Compreendi também que me amara, a seu modo, embora não o demonstrasse.
Saudade de você. Do pouco tempo que vivemos
juntos. Sua presença fez falta, mesmo vivendo separados.
Quem sabe, um dia, nos reencontramos!
Beijos, Dinah.
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