Adamastor, o gigante
Alberto
Landi
Adamastor
é um mítico gigante, baseado na mitologia Greco-romana, citado por Camões em os
Lusíadas.
Representava
as forças da natureza contra Vasco da Gama sob a forma de uma tempestade,
ameaçando a ruína daquele que tentasse dobrar o cabo da Boa Esperança e
entrasse ao Oceano Índico, que eram os domínios desse gigante.
Ele
afundava naus, cuja figura se desfazia em lágrimas, que representava as águas
salgadas que banhavam as confluências dos oceanos Atlântico e Índico.
Era
uma oposição dele à audácia dos navegadores portugueses. Porém, ele tinha uma
fraqueza, um amor impossível, mostrando que até o mais poderoso se padece dessa
doença benigna, que é o amor.
Os
navegadores e marinheiros aprenderam a recusar esses mitos e chegaram a esse
Cabo, conhecido pela impossibilidade de se navegar, o que propiciaria abrir às
portas da Índia.
Esses
mares serviram muitas vezes de sepultura à embarcações e a gentes carregadas de riquezas e de
desilusões, como que comprovando as profecias de Adamastor.
Há
uma citação interessante de Bocage:
“Bem
te vingaste em nós do destemido Vasco da Gama!
Pelos
nossos desastres és famoso!
Maldito
Adamastor! Maldita fama!”
Representa
a figura mítica que Camões criou para simbolizar a passagem para as Índias.
Hábeis marinheiros conduzidos por Bartolomeu Dias, em 1488 esse gigante deixou
de ser assustador.
Há
uma estátua do gigante Adamastor em Lisboa, no miradouro de Santa Catarina, com
vista privilegiada para o Tejo, e é hoje a melhor companhia para ver o
crepúsculo desde esse miradouro!
Fontes; anotações pessoais, leitura de Os Lusíadas e alguns sites.
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