GUSTAVE
CAILLEBOTTE E O IMPRESSIONISMO
Leon Vagliengo
Todos
os movimentos artísticos nascem de uma ruptura com as tendências existentes e
de uma vontade de reinventar o processo criativo. O impressionismo não foge a
esta regra e se constrói em oposição à pintura acadêmica.
Abandonando
temas históricos, mitológicos e o orientalismo, a nova corrente liderada em
particular por Pissaro, Renoir e Monet, centra-se em temas e cenas do
cotidiano.
Já
não se trata mais de pintar um grande mural, com grande fidelidade no plano
visual, mas de deixar expressar as sensações sentidas pintando o objeto. A luz
e os fenômenos climáticos, como a neve, a chuva, as ondas, as alegrias e as
dores dos homens e mulheres deixam impressões fugazes, que são capturadas e
restituídas na tela.
Entre
os jovens artistas que participaram do desenvolvimento do impressionismo, com o
pincel na mão, apresenta-se
Gustave
Caillebotte: um pintor e um mecenas
Gustave
Caillebotte (1848 – 1894)
-
Nascido em Paris, formou-se em Direito em 1868.
- Convocado para a Guarda Nacional, lutou na
Guerra Franco Prussiana.
-
Estudou na Escola de Belas Artes de Paris, onde entrou em contato com vários
pintores do Impressionismo.
-
Atuou também como financiador das artes plásticas (mecenas), foi colecionador
de arte, filatelista e projetista de iates.
-
Foi pintor, membro e patrono de um grupo de artistas conhecidos como
impressionistas.
Este
talentoso artista é também amigo das artes e um humanista comprometido. Gustave
Caillebotte é conhecido por seu compromisso e seu mecenato a serviço do
movimento impressionista. Devemos a ele a organização de quatro exposições
destinadas a esta corrente artística durante o último quarto do século XIX.
Se
Gustave Caillebotte pintou por paixão, e foi por vezes considerado –
erroneamente – como pintor diletante, historiadores de arte o descrevem, de bom
grado, como artista original e audaz.
Principais
características do estilo artístico:
-
Presença marcante, em suas obras, do realismo.
-
Belo e marcante trabalho com a luminosidade nas telas.
-
Retratou, em suas pinturas, cenas cotidianas da vida urbana, com destaque para
as pessoas e os cenários. Retratou também paisagens e cenas de interiores.
-
Usou, em grande parte de suas pinturas, a técnica de óleo sobre tela.
-
Teve influência da fotografia e de pinturas japonesas.
-
Usou também o recurso da perspectiva profunda e do ponto de vista alto.
Principais
obras:
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Rua Parisiense, Dia Chuvoso (1877)
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Os jardins (1875)
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A ponte da Europa (1876)
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Baigneurs (1878)
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Homem jovem à sua janela (1875)
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Boulevard dos italianos (1880)
-
Skiffs no Yerres (1877)
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Os raspadores de chão (1875)
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Homem em uma varanda (1880)
-
Veleiros sobre o rio Sena em Argenteui (1892)
Uma
exposição de 80 obras lhe foi dedicada no primeiro semestre de 2016, no Museu
de Giverny.
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