SALVO PELOS DEUSES DOS MARES
Henrique
Shnaider
O
capitão Oseas lutava com todas suas forças, agarrado ao timão, que gemia e
rangia, enfrentando ondas violentas e resistindo bravamente há já três dias.
O
capitão, velho marujo, gritava as ordens para o imediato, que juntamente com
ele era acostumado aos maus humores dos oceanos.
Jarbas,
seu fiel escudeiro, repetia as ordens do seu capitão, aos velhos marinheiros,
gritando com toda a força dos pulmões. Tinham que escapar ilesos mais uma vez,
daquela tormenta, e como num ballet trágico, cada um cumpria sua missão
religiosamente.
Oseas
estava temeroso, jamais estiveram diante de mar tão bravio, achava que desta vez sucumbiriam, mas não podia demonstrar aos seus comandados, o temor
que dominava sua alma.
Para
piorar a situação apareciam enormes figuras maiores do que o próprio barco,
criaturas monstruosas, que conheciam das lendas que corriam os sete mares.
Um
gigantesco dragão, voava acima deles, soltando enormes labaredas, queimando e
chamuscando a madeira nobre da velha embarcação.
Mas,
ele lutaria até o fim, principalmente por confiar no seu inseparável navio, que juntamente com ele, já havia passado por
grandes aventuras.
Jarbas
foi até o capitão, resfolegando avisou
do grande perigo que corriam, pois a água estava invadindo os porões do barco.
O
capitão mandou vários homens ao porão, para tentar evitar o fim iminente, com o
estanque da água que invadia.
Como
num milagre, uma linda sereia encantou a todos sinalizava para que a seguissem
para um porto seguro.
Na
manhã seguinte, o mar acalmou e uma brisa suave soprava e aquela figura linda
como por encanto, sumiu.
Para
alegria de todos, avistaram um lugar paradisíaco onde se viam duas montanhas
rodeando um monte ao centro, onde havia várias casas.
Oseas
pensou, sorrindo que desta vez com a ajuda daquela maravilhosa sereia, havia
escapado e mais uma vez, agradeceu aos deuses dos mares por este final feliz.
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