UM
DIA DE HORROR
Henrique Schnaider
Camila não estava muito
bem naquela manhã, andava angustiada para lá e para cá, tinha mau
pressentimento dentro dela.
Ela aguardava, angustiadamente,
por um telefonema de seu pai que prometera vir as dez horas e já passava das
onze.
O sol estava escaldante e
não havia como se refrescar naquele jardim sem sombra.
A arandela redonda desligada àquela hora do dia, fazia-a lembrar-se de pai,
estiveram ali na noite anterior admirando a luz intensa que ela emanava.
Apesar da intensidade do
sol, a jovem vê um suspeito há tempos parado ao portão. Vem-lhe o medo, o
pavor, não era a primeira vez que ela o via rondando a casa. Camila se apressa
e, apavorada, pega o carro acelerando em disparada.
Em trânsito ela telefone
para o pai e conta sobre o suspeito. Talvez ele queira roubar a casa, ela
disse.
Ela deu a volta no
quarteirão e não viu mais o homem ao portão, mas a porta da frente estava
entreaberta. De novo o medo tomou conta dela. Mas, precisa ter certeza de que o
tal homem entrou mesmo em sua casa. Tira uma tesoura da bolsa e, trêmula,
resolve enfrenta-lo.
Conhece aquela casa como
ninguém. Está lá desde que nasceu, sabe onde as tábuas rangem, quais portas
gemem. Nervosa, sobre as escadas cautelosamente, e fica surpresa ao ver o sótão
aberto. Sente tontura, mas reage.
Ouve motores de automóveis
à frente da casa. Deve ser a polícia, papai deve ter chamado, pensa ela. Os olhos não saem do sótão. Tudo está escuro
por lá, mas a porta, quem a abriu? Ela adianta mais alguns passos, decide
entrar no cômodo. A polícia deve estar entrando na casa agora, pensa.
Avança porta adentro e
imediatamente, tropeça num corpo. Num sobressalto recua aos solavancos. Logo
reconhece Maria sua empregada que jazia ali, ao seu lado uma faca. Camila
percebe mais alguém perto dela. Ela então o vê. Ele está com um olhar
enlouquecido, reconheceu-o, era o namorado de Maria, que acabara de cometer
aquele crime hediondo.
Para seu alivio a polícia logo
iluminou o ambiente, tranquilizando Camila e retirando-a chorando, inconformada
com a cena que acabara de ver.
A polícia prendeu Roberto,
que confessou o crime que cometera por motivo passional.
Diante de todo este quadro
de horror, Camila sentiu-se angustiada, pois naquela manhã, tivera um
pressentimento de que algo ruim iria acontecer.
O pai de Camila chegou
nervoso sem entender ainda o que havia acontecido. Abraça carinhosamente a
filha e leva-a para o jardim, precisava ouvi-la contar a história de
horror que ela acabara de passar.
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