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quinta-feira, 9 de março de 2017

CRUZEIRO MARÍTIMO - Ricardo Augusto


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CRUZEIRO MARÍTIMO
Ricardo Augusto


Quase todos os meus amigos são casados e me convidaram para um “cruzeiro marítimo” nesse final de ano, saindo de Santos, passando por várias praias e cidades portuárias do sul do Brasil, até Bueno Aires.

Estou pensando e repensando ... será que vale a pena ir numa viagem com gente casada?

Sozinho, no meio de casais que brigam, discutem mas, sempre acabam se entendendo por se conhecerem há muito tempo?

Durante o dia, vai ser até engraçado, brincadeiras, piscina, muita ginástica, uma cervejinha para refrescar, almoço e jogar muita conversa fora. 

À noite é que a coisa muda, depois do jantar, tem sempre um joguinho de baralho, bingo, sala de conversação, onde se fala muito e mal do próximo, mas , mais tardão ainda, tem boate e ai então vou ficar com vontade de paquerar ...

Resolvi então, não aceitar o convite e passar o Natal e Reveillon na Europa, para ser mais exato, o Natal em Paris e Londres e me soltar naqueles “Night Clubes”, onde vai toda a moçada em busca de alguém novo, para passar o tempo.

Tudo já aconteceu comigo há uns quarenta anos passados, era jovem e cheio de energia, gostando de desbravar a vida em bisca de novos amores, conhecer gente nova e falar em outros idiomas.

Trago boas lembranças vividas nos anos setenta ... Nossa, como curti a noite de Natal em Paris seguindo, dois dias depois, para Londres onde fiquei até depois do Ano Novo.

Estava com um grupo brasileiro, todos jovens, na faixa de dezenove e vinte anos, meninos e meninas, todos a fim de conhecer o mundo que naquela época vivia o BOOM de Liberdade : Beatlos, Pink Floyd e tanta coisa nova que nos levava ao delírio.
Tais experiências ficam para sempre na memória de quem sabe separar o joio do trigo mas, quando se é jovem, tudo é “ o que há atrás daquela porta”?

Então vou repetir a dose com um diferencial ... Já passei daquela fase de descobertas e agora vou curtir o cenário e os personagens, confortavelmente,  posto no lugar do observador tranquilo e experiente.


É bom viajar acompanhado? Não sei, pois sempre viajei sozinho e nessas, conheci muita gente como eu ... que gosta de conhecer gente nova para troca de informações e aprender novas palavras noutras línguas, sem perder a oportunidade de estar trocando vibrações com personagens de outras estórias muito diferentes das nossas.

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