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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

O QUE É VELHICE PARA ALGUNS! - Amora

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O QUE É VELHICE PARA ALGUNS!
Amora

Há alguns anos, antes da segunda guerra mundial, vivia no Japão, cidade sagrada de Kioto, uma família conhecida por sua saúde, bondade e longevidade. Seus membros mais idosos, faleciam com mais de cento e vinte anos.

Um deles, chamado Namura, tornou-se um médico notável por seus tratamentos e descobertas. Trabalhava num hospital aos pés do monte Fuji, recebendo inúmeros doentes terminais que se curavam em suas mãos. A técnica, de pouca medicação, era baseada na alimentação e em produtos naturais. Esse talvez fosse o segredo dessa família viver tanto e, bem de saúde.

Namura, aos cinquenta anos, já era um conceituado professor de Universidade, operador e escritor, revelando sucessivas conquistas.

Amado pelos jovens de sua época, sobrevivente de guerra e algumas catástrofes acontecidas no Japão, continuava aos cem anos com a aparência e disposição que tinha aos cinqüenta. Chamou a atenção de muitas pessoas que se interrogavam qual seria o segredo de tanta jovialidade. Parecia que tinha descoberto a fonte da juventude.

Um dia, entrevistado por um repórter, acabou revelando seu dia simples e contínuo. Trabalhava sem parar, levantava-se cedo, dando aulas, escrevendo, orientando pacientes no hospital. Não deixava pensamentos ruins tomarem conta de sua mente. Alimentava-se muito pouco, comendo somente o necessário; um copo de suco de laranja de manhã, com uma colher de azeite de oliva, para facilitar a circulação sanguínea. Ao almoço, um pouco de leite de cabra ou uma fruta da estação, deixando para o jantar uma refeição leve à base de arroz e peixe. Procurava sempre manter o peso ideal à sua estatura, caminhando à pé em sua rotina diária.

Conversava muito com seus alunos mais jovens, procurando se manter atualizado, não falando muito do passado, comentando o presente e sonhando sempre com um futuro promissor.

Era constantemente questionado sobre o sucesso no tratamento de seus doentes, principalmente os portadores de câncer, aos quais dedicava cuidados especiais. Respondia através da alimentação. Certos tipos de alimentos alimentam as células cancerígenas, mesmo com tratamentos químicos e radioterápicos, que estacionam o Câncer mas não curam, fazendo-o voltar, porque o organismo enfraquece.  É necessário matar de fome as células cancerígenas, alimentando as boas e nutritivas ao fortalecimento do corpo. Seu estudo e livros publicados tiveram grande repercussão entre equipes médicas, sendo convidado até hoje, quase aos cento e cinqüenta anos, a fazer palestras para médicos jovens e universitários.


Quem diria que não encontrou na vida o elixir da mocidade, transmitindo aos mais jovens seus conhecimentos e experiências, até esta idade. Um ser destinado a destaque entre os viventes.

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